Salve, Rainha dos Céus!
Ave oh Virgem Maria, Nossa Senhora da Encarnação!
No santuário do Tempo, vivemos, neste 2020, uma hora muito diferente daquela que há um ano atrás (como em anos anteriores) nos permitia louvar-te e bendizer-te no meio da grande assembleia de Romeiros que, de perto ou de longe, sempre se puseram a caminho para a festa de família que o dia 8 de Setembro nos proporciona, por ser o teu dia de anos, oh Santa Mãe de Deus!
Este ano, impedidos de nos juntarmos em multidão, (numa atitude de defesa intransigente da vida), não é por isso que deixamos de pensar em ti, ou de te procurar, particularmente com o nosso olhar interior... o olhar do coração!
Olha Senhora, tu sabes como guardamos sempre, com ternura e emoção, os contornos do rosto desta Imagem que te representa; mas nós também sabemos (e por isso acreditamos) que é no nosso coração que se desenha o teu retrato verdadeiro, esse que se torna presente e fiel, dentro de cada um de nós, quer nos dias grandes de Verão, quer nas noites frias de Invernia sempre que cantamos os teus louvores ou quando choramos as nossas mágoas e aflições!
É sempre bom estar contigo, oh Maria, Virgem gloriosa e bendita, Santa Mãe de Deus!
Como um dia Santo André de Creta afirmou,
- Diante de ti, Senhora, a luz dissipa as trevas... e a Graça liberta-nos da escravidão da lei!
- Diante de ti, Mãe Santa, a verdade substitui os símbolos e a Nova Aliança substitui a Antiga!
- Diante de ti, oh Maria, juntam-se os Céus e a Terra; tudo o que há no Mundo e acima do Mundo...
- Em ti, afinal, o bom Deus, Criador do Universo, edificou o Seu Templo, permitindo à criatura poder preparar uma nova e digna morada para o Seu Criador!
(dos Sermões de Santo André de Creta – Bispo, séc. VIII)
Este ano, a festa que sempre levamos à rua e faz vir a Buarcos gente de perto e de longe, tem de ser feita dentro de casa...
Realmente, esta hora estranha que se abateu sobre nós, fez-nos recolher a casa!... gerou em nós medo de contágios... obriga-nos a cuidados reforçados perante as nossas práticas mais banais e comuns ou rotineiras e habituais, no exercício da nossa atividade diária...
Diante da realidade da doença.
- O número de infectados assusta-nos;
- As imagens de morte, que nos chegaram dos quatro cantos do Mundo, continuam a deixar-nos sem palavras e fazem-nos pensar no verdadeiro valor da vida!...
Estamos a percorrer e a viver uma hora dura e difícil entre as muitas que a Humanidade já enfrentou e continua a enfrentar, no percurso da sua história!
Este ano não há andor nem flores... e não há a grande e sempre bela procissão!...
Não iremos caminhar no ritmo processional e cadenciado, que travando as nossas correrias, constantes, nos obriga a afinar o caminhar pelo passo acertado de uns com os outros!...
Mas, ao ficarmos em casa, detemo-nos mais e melhor diante do Altar e acabamos por escutar mais atentamente a Palavra do Senhor Jesus; acolheremos, decerto, melhor os ensinamentos do Bom Deus, Senhor, Criador e Pai; e acabamos por contemplar mais serena e profundamente este “ícone” sagrado de que tanto gostamos: a veneranda imagem que representa a Santa Mãe de Deus!...na invocação de Nossa Senhora da Encarnação, de Buarcos!
Como sempre, Maria, queremos contigo agradecer... louvar e bendizer a Deus!...
Perante as horas aflitivas e dramáticas que percorreram e percorrem a nossa vida, assim como a vida de tantos e tantas como nós, aqui te invocamos e suplicamos... aqui te pedimos ajuda e benção... tal como um filho sempre clama diante da sua mãe:
“À tua protecção nos acolhemos,
oh Santa Mãe de Deus!
Não desprezes as nossas súlpicas, perante
as nossas necessidades!
Mas livra-nos de todos os perigos,
oh Virgem gloriosa e bendita!”
- Oh Senhora dos Mares, Mãe de Jesus Cristo, Senhora da Encarnação!
- Nós acreditamos que nos ouves!
- Reza por nós, junto de Deus, Mãe Santa e Mãe amiga e presente em todas as horas do dia!
Avé Maria...

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