1ª PARAGEM
O saco do traidor...
Do Evangelho segundo São Lucas (Lc. 22, 3-6)
Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era do número dos Doze. Judas foi falar com os sumos sacerdotes e os oficiais do templo sobre o modo de lhes entregar Jesus. Eles regozijaram-se e combinaram dar-lhe dinheiro. Judas concordou e procurava ocasião de o entregar, sem a multidão saber.
Palavra da Salvação
Jesus é traído por Judas Iscariotes.
Judas entrega Jesus em troca de um saco com moedas de ouro.
Para ele falou mais alto o dinheiro... o poder.... em vez do Amor a Jesus Cristo.
Muitas vezes nós trocamos Jesus por outras coisas, quantas vezes bem fúteis!
Coisas que apenas alimentam a nossa satisfação pessoal, mas nos colocam bem longe da nossa Felicidade!
Por vezes também nós somos traidores!...
Quantas vezes maltratamos e esquecemos quem nos ama, apenas com o objectivo de sermos os donos de tudo e de todos.
Pedimos-te Jesus, que nos ensines a reconhecer o Teu Amor, como a maior riqueza da nossa vida!
2ª PARAGEM
O letreiro que identifica Jesus...
Do Evangelho segundo São João (Jo. 19, 17 – 21)
Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota, onde o crucificaram, e com Ele outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio.
Pilatos redigiu um letreiro e mandou pô-lo sobre a cruz. Dizia: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.» Este letreiro foi lido por muitos judeus, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, em latim e em grego.
Então, os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: «Não escrevas ‘Rei dos Judeus’, mas sim: ‘Este homem afirmou: Eu sou Rei dos Judeus.’» Pilatos respondeu: «O que escrevi, escrevi.»
Palavra da Salvação
Estamos numa das horas mais dramáticas da vida de Jesus! Jesus é crucificado e é posto um letreiro ao cimo da Sua cruz, com a razão da sua condenação.
No letreiro está escrito JESUS NAZARENO REI DOS JUDEUS. O letreiro indica a razão pela qual Jesus foi crucificado. Pilatos apresenta ao mundo Jesus, como rei dos Judeus!... a Sua Cruz, é o Seu trono! Mas... o Seu Reino abre a dimensão plena do Amor por toda a Humanidade.
E nós, será que reconhecemos Jesus como nosso Rei?
Será que a nossa relação com os outros e com Deus está testemunhada no Amor de Jesus?
Ajuda-nos Jesus a amar os outros como Tu amas, e a perceber que Tu és o nosso único Rei! Sabemos que estás sempre ao nosso lado para nos proteger, e nos ajudar a ultrapassar as dificuldades da nossa vida!
3ª PARAGEM
Os dados que sortearam as vestes de Jesus...
Do Evangelho segundo São João (Jo. 19, 23 – 24)
Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa dele e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras.
Então, os soldados disseram uns aos outros: «Não a rasguemos; tiremo-la à sorte, para ver a quem tocará.»
Assim se cumpriu a Escritura, que diz: “Repartiram entre eles as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes”.
E foi isto o que fizeram os soldados.
Palavra da Salvação
O dom da vida, do respeito, do amor ao outro e a nós próprios, contrasta permanentemente com o facilitismo, o descompromisso e a omissão!
Junto da cruz, os soldados lançaram sortes para repartirem a única coisa que Jesus possuía: a túnica. A roupa confere ao homem a sua posição social; dá-lhe o seu lugar na sociedade, fá-lo sentir-se alguém... Ser despojado em público, de tudo o que se tem, dá-nos a conhecer Jesus abandonado, rejeitado... no fundo, desprezado por todos.
Senhor Jesus, foste despojado das Tuas vestes, exposto à desonra, expulso da sociedade. Assumiste sobre Ti a desonra de Adão, sanando-a. Assumiste os sofrimentos e as necessidades dos pobres, daqueles que são expulsos do mundo. Deste modo é que realizas a palavra dos profetas. É precisamente assim que dás significado àquilo que não tem significado. Assim mesmo nos dás a conhecer quanto nas mãos do Pai estás Tu, nós e o mundo!
4ª PARAGEM
A lança que feriu Jesus...
Do Evangelho segundo São João (Jo. 19, 31 – 37)
Como era o dia da Preparação da Páscoa, para evitar que no sábado ficassem os corpos na cruz, porque aquele sábado era um dia muito solene, os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e também ao outro que tinha sido crucificado juntamente. Mas, ao chegarem a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Porém, um dos soldados traspassou-lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também. É que isto aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: “Não se lhe quebrará nenhum osso.” E também outro passo da Escritura diz: “Hão-de olhar para aquele que trespassaram.”
Palavra da Salvação
A lança é o último martírio de Jesus.
Jesus pela lança entrega-nos o seu mundo interior, aquele que ao longo da sua vida só manifestou Amor pela pessoa Humana e que agora, acaba ferido pelo próprio Homem.
Diz-nos a Escritura que do lado de Jesus saiu sangue e água, ou seja, do lado aberto de Jesus a Humanidade fica eternamente unida ao Pai.
A água, símbolo do Baptismo, dá-nos a certeza de que Jesus quer fazer-nos participantes do Seu Reino de Amor. Por isso, quando somos baptizados é-nos derramada água sobre a cabeça para que sejamos purificados, assumindo em nós a condição de Filhos de Deus e membros da Igreja.
O sangue, símbolo da Eucaristia, dá-nos a certeza de que fazer parte deste Reino de Jesus é ter a capacidade de se entregar, sem reservas, pelo Evangelho e colocá-lo na nossa vida e na relação que estabelecemos uns com os outros.
A lança permitiu, então, que Jesus unisse eternamente estes dois Sacramentos, o Baptismo que nos torna cristãos e a Eucaristia que nos chama a celebrar e viver a Fé na nossa vida.
Senhor Jesus, ensina-nos, através deste símbolo, a perceber que para sermos mais felizes temos que entregar-Te o mundo dos nossos sentimentos... a nossa vida interior!
Ajuda-nos a viver cada Eucaristia como um encontro Contigo, em Amor!
Ensina-nos, Senhor, a ser o Teu rosto na nossa vida, aceitando o convite que recebemos no nosso Baptismo, o de sermos Tuas testemunhas!
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